A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe começou nesta quarta-feira em todo o país. O lançamento oficial foi realizado em Porto Alegre, no Centro de Saúde Modelo, com a presença de diversas autoridades, entre elas o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, o governador do estado, Eduardo Leite, a secretária estadual da saúde, Arita Bergmann, o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, do secretário municipal da saúde de Porto Alegre, Pablo Stürmer e o presidente do COSEMS/RS, Diego Espíndola.
O Dia D da estratégia será em 4 de maio, sábado, com a abertura extraordinária dos postos de vacinação. A campanha tem término previsto para 31 de maio. Inicialmente, grupos prioritários serão vacinados. Mandetta fez um apelo pela vacinação de todas as pessoas que compõem os grupos prioritários. “Nós faremos um apelo. A partir de hoje está aberta a vacinação primeiro para crianças abaixo de seis anos e gestantes. E, a partir, do dia 22 para todo o público alvo da campanha. Serão 65 milhões de doses de vacina onde vamos garantir um inverno imune dos principais vírus e evitar que a gripe se transforme em óbito”, afirmou o ministro.
Nesta fase da campanha, até 18 de abril, o objetivo é imunizar crianças com idade entre seis meses e 6 anos, grávidas em qualquer período gestacional e puérperas (mulheres até 45 dias após o parto). A escolha, segundo o ministério, decorre da maior vulnerabilidade desses grupos da população. A partir do dia 22 deste mês, poderão procurar os postos os demais grupos prioritários, como as pessoas acima dos 60 anos, portadores de doenças crônicas, professores e trabalhadores da área da saúde. Em todo o RS, são mais de 3,7 milhões de pessoas nesses grupos.
Entre as crianças, houve uma alteração na idade limite, com o acréscimo de um ano na faixa etária, que agora vai até as menores de 6 anos (5 anos, 11 meses e 29 dias). Com isso, são 136 mil crianças a mais a serem vacinadas em relação ao ano passado, chegando agora a um total de 735 mil. É importante que os pais ou responsáveis levem junto a caderneta de vacinação, para que na Unidade Básica de Saúde um profissional possa avaliar se há alguma outra vacina pedente para a aplicação ou agendamento. Em relação às gestantes, esse público é estimado em mais de 100 mil mulheres no Rio Grande do Sul.
O Ministério da Saúde esclarece que a vacina contra a influenza é feita com o vírus morto e fragmentado. Portanto, ela é 100% segura e incapaz de provocar a doença nas pessoas que são vacinadas. A imunização protege contra três tipos (ou cepas) do vírus influenza: A(H1N1), A (H3N2) e B.
RECURSOS PARA A SAÚDE DO RS
Durante o lançamento da campanha, o ministro da saúde assinou portarias que habilitam novos serviços pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando mais R$ 17,3 milhões de recursos ao Rio Grande do Sul. Os serviços abrangem áreas, como oncologia, serviços especializados em reabilitação e cuidados intermediários neonatal convencional, localizados em 11 municípios.
“O Ministério da Saúde vem hoje aqui para garantir um melhor custeio. Essas portarias dizem respeito a habilitação de serviços de urgência, SAMU, UPAs e centros de reabilitações de pessoas com deficiência. Ou seja, uma série de políticas que foram instaladas e que estavam sem habilitações, algumas de 2017, a grande maioria com o 2018 todo para trás”, explica.
Diego Espíndola, presidente do COSEMS/RS, saudou a escolha do Rio Grande do Sul como protagonista do lançamento da campanha nacional e, sobretudo, o compromisso do Ministério da Saúde na garantia de repasses para a saúde nos municípios. “Tudo isso é reflexo das articulações que fazemos junto aos municípios e que levamos, constantemente, para Brasília. Hoje é um dia muito especial para a saúde pública do Rio Grande do Sul e espero, além do sucesso da vacinação, esses R$ 17 milhões venham para fortalecer, ainda mais, o nosso SUS gauchesco e brasileiro que, inclusive, estará ainda mais em evidência em nosso 31º Congresso do COSEMS/RS, que ocorrerá de 22 a 25 de abril, em Bento Gonçalves”.